quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

5º dia [6/jan] Na capital do Brasil!!

Que bom que tudo acontece conforme o planejado:

Planejávamos pegar a estrada às 6h45. Às 6h40 a Liége veio até o quarto em que eu dormia: "Rodrigo, vamos levantar...". Dá pra supor que não conseg

uimos cumprir o horário.

Mas, como sempre, não nos estressamos. Tomamos café, trocamos umas idéias com as famílias que nos acolhiam e, guiados pelo Fabinho, rumamos até a saída da cidade (depois das 7h30).

Paramos num posto pra abastecer e, medindo o óleo, colocamos meio litro.

 

Perdidos? Não, imagina...

 

Gostamos tanto de Uberlândia que, 60km depois, resolvemos voltar para dar um "oi" novamente para essa bela cidade mineira.

Olhando este fato sob outro aspecto, pode-se dizer que erramos o caminho e estávamos rumando para Goiânia. Mas, para evitar a frustração de fazer 120km "de varde", ficamos procurando avidamente argumentos para nos convencer que valeu a pena errar o caminho:

- na ida desses 60km, o Tonho e a Iva dormiam. Agora, puderam olhar a paisagem;

- pudemos tirar fotos de outros ângulos;

- pudemos dar o último "tchau" à Uberlândia, que tão bem nos acolheu

;

- pudemos errar o caminho pela primeira vez. Imagina que graça tem uma viagem sem errar caminho algum...

 

Na volta para Uberlândia, precisávamos pegar o caminho a Brasília. Mas a rodovia principal estava em reformas, e era obrigatório pegar o anel viário. Fizemos isso, dobrando à direita num viaduto. Lá embaixo, eu (que estava no volante), virei à esquerda. O povo disse que era necessário virar à direita. Então, subindo o viaduto, para não precisar percorrer não-se-quantos km, olhamos para os 2 lados e cortamos a rodovia em lugar que provavelmente não poderia se fazer retorno (mas também não tinha nenhuma placa proibindo... :D)

Novamente na rodovia, pegamos novamente à direita, no acesso ao tal anel viário e, lá embaixo, virei então à direita e, adivinhem: dali a pouco estávamos novamente no acesso ao anel viário, PELA 3ª VEZ. Cansados dessa brincadeirinha de cachorro-correndo-atrás-do-rabo, resolvemos dar uma de humildes e pedir informações (sabe que homem é bixo triste para pedir informações...).

 Daí conseguimos, finalmente, seguir adiante.

 

Após fazermos 3 vezes o retorno, o Antonio solta mais uma comparação:

"Estamos mais perdidos que FDP em dia dos pais"

 

 

 

Olha a mecânica...

 

A 3ª marcha está nos preocupando, pelo barulho que faz quando engatada a partir da 2ª. Porque problema de câmbio já deu uma vez, e nosso objetivo é só termos problemas mecânicos novos, e não repetir os antigos.

Mas o Tonho descobrir uma manha: nessa passagem cambial, engatar a 3ª em 2 tempos: primeiro, deixar em ponto-morto, para depois engatar a 3ª. Daí não arranha =D

 

É reta que não termina mais...

 

Nós viemos de uma terra onde reta com mais de 1km é luxo raro. Dessa

 forma, a gente estranha bastante essas retas quilométricas que encontramos desde o

 Paraná.

Isso seria bastante entediante para dirigir, e até sonolento. Mas, para nossa sorte, nossa incrível Kombatente não nos deixa na mão: a folga no volante nos obriga a sempre estarmos virando um pouquinho prum lado, um pouquinho pro outro, e assim dirigir sempre é divertido :D

Nos retões intermináveis de Minas Gerais, mais uma pérola antoniana: "essas estradas são mais compridas que baba de bêbado"

 

Almoço no velho-oeste

 


Perto de Campo Alegre - GO, já eram 14h e 2 coisas nos preocupavam, por estarem quase vazias: o tanque e nossas barrigas.

Após quilômetros e quilômetros (e mais quilô

metros ainda) sem nada parecido com "posto de gasolina" por perto, finalmente encontramos um. Ou melhor

, o que sobrou de um posto de gasolina construído há aproximadamente 50 anos. Tem a bandeira "BR", mas tenho dúvidas de que a Petrobrás lembra que esse posto existe.

Olhando o visual de faroeste, ficamos com medo de pegar té

tano (tava tudo enferrujado), e ficamos refletindo sobre a qualidade da gasolina:

RODRIGO: "Essa gasolina é mais suspeita que..."

ANTONIO: "... moça bonita casando com véio rico"

 

Após abastecer 50 pila (só o necessário até chegarmos a algum lugar onde tínhamos certeza de que o que entraria no tanque era realmente gasolina), procuramos algum lugar pra almoçar. E saiu uma pequena pérola:

RODRIGO: "Tonho, estaciona a Kombi lá na sombra pra gente fazermos comida"

TONHO: "Me dá a chave"

RODRIGO (com ela no bolso, sem perceber): "estaciona lá atrás"

TONHO: "Me dá a chave"

RODRIGO (com o rosto levemente rosado): "ah, precisa da chave?"

 

Estacionamos, então, embaixo de uns pés de manga, com um ambiente altamente acolhedor: mangas podres pelo chão, moscas varejeiras fazendo "bzzzzzz", mosquitos potencialmente transmissores de várias d

oenças conhecidas ou e as não conhecidas também, sem contar o agradável cheiro de "materiais resultantes da digestão animal e humana, após serem expulsos de seus corpos" (pra não falar "merda").

Finalmente encontramos o que procurávamos em um dos nossos objetivos da KOMBInando sonhos: a ausência do conforto. Mas essa tal de ausência não precisava ser tão fedida assim...

Para evitar ficarmos nesse ambiente "acolhedor" por muito tempo, resolvemos não fazer o almoço (até porque o cardápio seria novamente "cabelo de Dani" (macarrão). Então a Lila e o Tonho foram até o restaurante (a única coisa que parecia confiável naquele lugar) para comprar 2 marmitas. Trouxeram para as crianças arroz, feijão, massa, batatinha ao molho e um pouco de carne de panela.

A carne estava temperada com coentro, resultando num molho verde-limão.

RODRIGO (comendo): "quem colocou Cryptonita no meu prato?"

Todos riram (inclusive a Iva)

[5 minutos depois...]

IVA: "O que é Cryptonita?"

 

Nos encontrando (ou nos perdendo) em Brasília

 

Chegando em Brasília, nova aventura: localizar a Esplanada dos Ministérios, Congresso Nacional, Catedral...

Como temos grande experiência em andar de Kombi por cidades grandes, não pedimos informação. Ficamos no tradicional: Tonho no voltante, Lila do lado olhando as placas e Rodrigo atrás com o Google Maps aberto.

Brasília é uma cidade muito organizada, fácil de se localizar... pra quem conhece. Pra nós, que somos de gigantes metrópoles que nem semáforo tem, imagine como é ter que cuidar as placas, os carros das 4 pistas que podem te atropelar a qualquer momento, o sinal vermelho e as lombadas eletrônicas.


Mas foi tudo muito tranqüilo. Apenas passamos um sinal vermelho e erramos o caminho, a ponto de chegar no cemitério e precisar voltar.

Buscando um lugar pra estacionar, achamos um bom espaço no pátio do Ministério da Agricultura.

Caminhamos até a Esplanada, tiramos algumas fotos e voltamos. Eu tava agoniado, com medo que poderiam ter roubado a Kombi (nunca se sabe, né,

 como é cidade grande).

Pra chegar de lá até a casa do Clemildo, nós pedimos informações (Clemildo Sá, assessor da PJ do DF, que foi Secretário Nacional da PJB até uns 4 anos atrás).

 

Jantar com Clemildo, Jesuíta, Emanuel e Silvano

 

Fomos otimamente bem recebidos pelo Clemildo e sua esposa, Jesuíta. Eles moram num pequeno, mas aconchegante, apartamento, juntamente com o novíssimo filho Emanuel.

Após sujarmos a casa e tomarmos banho, saímos para jantar. O Clemildo ligou pro Silvano (secretário da PJB depois dele), que veio jantar conosco.

Foi muito bacana conhecê-los. Tá certo que, em alguns momentos, ficaram conversando sobre a conjuntura da PJ nacional e ficamos meio boiando. Mas também deu pra conversar bastante sobre outros assuntos.

De volta à casa do Clemildo, fomos para a bagunça: pôr colchão pra lá e pra cá pra todos dormirem. As moças ficaram no quarto e os rapazes na sala. Enchemos nosso colchão inflável para complementar.

 

Adoramos conhecer a família Clemildo, Jesuíta e Emanuel. De uma simplicidade incrível, educados, carinhosos, sensíveis, companheiros... Enfim, demonstraram ser um casal super unido e uma família feliz.

Gente amada, obrigadão pela acolhida. Foi uma grande alegria dormir aí :D

 

 

E assim finaliza-se mais um dia de aventuras dos Kombatentes.

Como sempre, dormindo tarde e levantando cedo.

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