Para fazermos os mais de 600km que nos separavam de Belém, levantamos cedo e saímos ali pelas 5h.
Ao entrar no Pará, já deu pra ver que estávamos na região Norte do país: mudou solo (que deixou de ser tão arenoso) e a paisagem (vegetação seca deu lugar à verde). Outro detalhe: apesar de estarmos numa região plana, por vários quilômetros nenhuma rádio conseguia ser sintonizada.
Entrando em Belém, alguns outdoors diziam "Bem-vindo a Belém, terra do Fórum Social Mundial 2009". Cara, é muito bom chegar aqui! E o melhor ainda é que não tivemos nenhum problema mecânico nestes mais de 2.000km do trecho Natal-Belém.
NOSSO PRIMEIRO ACIDENTE
A partir o e-mail da Arleth, tentamos ir até o Centur, onde acontecerá o Fórum Mundial de Teologia e Libertação. Como é de praxe, buscando auxílio no Google Maps.
Mas passamos da avenida que era para virar, e tentamos virar numa ruazinha mais à frente. Contudo, essa ruazinha tinha um ponto-funil, onde só passava um carro. Não freamos o suficiente para virar, e a Kombatente enroscou a lataria à esquerda, no canteiro. O barulho da lada encostando no concreto é péssimo.
Saímos e verificamos que só a lataria tinha sido prejudicada. Empurramos e conseguimos tirar a Kombi de lá pra seguir adiante. Só a porta lateral não fechada mais. Passado o susto, o Dani lembrou do filme que assistimos na véspera da viagem: "Pequena Miss Sunshine", onde a Kombi deu 3 problemas: precisava ser empurrada, a porta caía (e precisava ser segurada) e a buzina não parava de tocar. Agora, só falta a buzina dar problema, pois já empurramos a Kombi e também tivemos que segurar a porta :D
Pensamos em levar para uma chapeação arrumar. Mas depois, considerando o transtorno que isso daria, resolvemos arrumar mesmo, e a Lila, o Tonho e um martelo resolveram o problema, e a porta voltou a fechar.
NO FÓRUM MUNDIAL DE TEOLOGIA E LIBERTAÇÃO
Chegando no Centur, ficamos no estacionamento e ligamos pra Arleth, que estava no trabalho dela (na CNBB). Ela ficou de vir assim que pudesse (o que aconteceu mais de 2 horas depois). Ficamos esperando tranqüilos, até puxamos o violão para tocar.
Hoje à noite começa o Fórum de Teologia, e amanhã tem a palestra mais aguardada: Leonardo Boff. Nós, infelizmente, não fizemos a inscrição a tempo, e não há mais vagas. Tentamos ver com a organização, mas não tem como. Resta participar do "café teológico", espaço alternativo, de livre acesso, com outras atividades, como mostras de filmes, músicas, outras palestras...
Já dá pra perceber a grande diversidade que vamos encontrar aqui em Belém: tem várias pessoas de outros países. Dá pra ouvir falas em inglês e espanhol pelos corredores.
ARLETH, NOSSA SALVAÇÃO
Perto das 18h, chegou a Arleth, a Fran (da PJ de Londrina - PR) e a Ir. Adenice (de João Pessoa - PB, da congregação que a Arleth participava quando foi pro convento) com 5 crachás de "organização" do Fórum de Teologia, o que nos dá livre acesso a ele. Pulamos de alegria e a abraçamos. Vamos poder ver Leonardo Boff!
CONHECENDO BELÉM
À noite, íamos para a abertura do FMTL (Fórum Mundial de Teologia e Libertação). Mas, como ia ser basicamente só as formalidades de discursos e coisa-e-tal, resolvemos aproveitar e conhecer um pouco de Belém. Pegamos um busão e fomos até o "ver-o-rio", no cais do porto da Baía de Marajó, onde tinha um naviozão atracado. Tinha também uma pracinha muito bonita à beira do rio. Pena que este está super poluído.
Nesta pracinha, vimos um casal de lésbicas trocando carinhos, e ficamos conversando sobre. Como isso é estranho para nós. Porém, não somos contra o homossexualismo, pois cremos que é melhor um casal homossexual feliz do que um hetero que não se acerta.
ACOLHIDA SIMPLES
A Arleth nos acolheu em sua casa, onde vive com suas irmãs. Como não cabe todo mundo pra dormir lá, nós 3, rapazes, dormimos na casa do padeiro João, vizinho, que foi dormir num parente e deixou a chave da casa conosco. Como é que pode, né: as pessoas nem nos conhecem direito e já confiam tanto na gente que até deixam a casa à nossa disposição. Incrível!
Aqui na casa do João tudo é bem simples: são 3 cômodos: sala, quarto e banheiro. No quarto mal-e-mal cabe a cama de casal, sobrando uns 30cm do lado, para passar. Tiramos o sofá da sala para colocar o colchão inflável (o sofá foi repousar na casa de outra vizinha). E dormirmos os 3, de atravessado, no colchão inflável. Eu, para não precisar me encolher todo, estiquei meus pés para dentro da raque da TV.
O teto é baixo, a ponto de nós termos que sempre andar curvados aqui dentro. O chuveiro bate no meu queixo, necessitando que o banho seja tomado de joelhos flexionados.
Mas tudo isso não nos entristece. Um dos objetivos da viagem era abrir mão do conforto, e estamos conseguindo. De modo que consolidemos a crença de que é possível, sim, viver de modo mais simples, sem tantas futilidades.
Ao entrar no Pará, já deu pra ver que estávamos na região Norte do país: mudou solo (que deixou de ser tão arenoso) e a paisagem (vegetação seca deu lugar à verde). Outro detalhe: apesar de estarmos numa região plana, por vários quilômetros nenhuma rádio conseguia ser sintonizada.
Entrando em Belém, alguns outdoors diziam "Bem-vindo a Belém, terra do Fórum Social Mundial 2009". Cara, é muito bom chegar aqui! E o melhor ainda é que não tivemos nenhum problema mecânico nestes mais de 2.000km do trecho Natal-Belém.
NOSSO PRIMEIRO ACIDENTE
A partir o e-mail da Arleth, tentamos ir até o Centur, onde acontecerá o Fórum Mundial de Teologia e Libertação. Como é de praxe, buscando auxílio no Google Maps.
Mas passamos da avenida que era para virar, e tentamos virar numa ruazinha mais à frente. Contudo, essa ruazinha tinha um ponto-funil, onde só passava um carro. Não freamos o suficiente para virar, e a Kombatente enroscou a lataria à esquerda, no canteiro. O barulho da lada encostando no concreto é péssimo.
Saímos e verificamos que só a lataria tinha sido prejudicada. Empurramos e conseguimos tirar a Kombi de lá pra seguir adiante. Só a porta lateral não fechada mais. Passado o susto, o Dani lembrou do filme que assistimos na véspera da viagem: "Pequena Miss Sunshine", onde a Kombi deu 3 problemas: precisava ser empurrada, a porta caía (e precisava ser segurada) e a buzina não parava de tocar. Agora, só falta a buzina dar problema, pois já empurramos a Kombi e também tivemos que segurar a porta :D
Pensamos em levar para uma chapeação arrumar. Mas depois, considerando o transtorno que isso daria, resolvemos arrumar mesmo, e a Lila, o Tonho e um martelo resolveram o problema, e a porta voltou a fechar.
NO FÓRUM MUNDIAL DE TEOLOGIA E LIBERTAÇÃO
Chegando no Centur, ficamos no estacionamento e ligamos pra Arleth, que estava no trabalho dela (na CNBB). Ela ficou de vir assim que pudesse (o que aconteceu mais de 2 horas depois). Ficamos esperando tranqüilos, até puxamos o violão para tocar.
Hoje à noite começa o Fórum de Teologia, e amanhã tem a palestra mais aguardada: Leonardo Boff. Nós, infelizmente, não fizemos a inscrição a tempo, e não há mais vagas. Tentamos ver com a organização, mas não tem como. Resta participar do "café teológico", espaço alternativo, de livre acesso, com outras atividades, como mostras de filmes, músicas, outras palestras...
Já dá pra perceber a grande diversidade que vamos encontrar aqui em Belém: tem várias pessoas de outros países. Dá pra ouvir falas em inglês e espanhol pelos corredores.
ARLETH, NOSSA SALVAÇÃO
Perto das 18h, chegou a Arleth, a Fran (da PJ de Londrina - PR) e a Ir. Adenice (de João Pessoa - PB, da congregação que a Arleth participava quando foi pro convento) com 5 crachás de "organização" do Fórum de Teologia, o que nos dá livre acesso a ele. Pulamos de alegria e a abraçamos. Vamos poder ver Leonardo Boff!
CONHECENDO BELÉM
À noite, íamos para a abertura do FMTL (Fórum Mundial de Teologia e Libertação). Mas, como ia ser basicamente só as formalidades de discursos e coisa-e-tal, resolvemos aproveitar e conhecer um pouco de Belém. Pegamos um busão e fomos até o "ver-o-rio", no cais do porto da Baía de Marajó, onde tinha um naviozão atracado. Tinha também uma pracinha muito bonita à beira do rio. Pena que este está super poluído.
Nesta pracinha, vimos um casal de lésbicas trocando carinhos, e ficamos conversando sobre. Como isso é estranho para nós. Porém, não somos contra o homossexualismo, pois cremos que é melhor um casal homossexual feliz do que um hetero que não se acerta.
ACOLHIDA SIMPLES
A Arleth nos acolheu em sua casa, onde vive com suas irmãs. Como não cabe todo mundo pra dormir lá, nós 3, rapazes, dormimos na casa do padeiro João, vizinho, que foi dormir num parente e deixou a chave da casa conosco. Como é que pode, né: as pessoas nem nos conhecem direito e já confiam tanto na gente que até deixam a casa à nossa disposição. Incrível!
Aqui na casa do João tudo é bem simples: são 3 cômodos: sala, quarto e banheiro. No quarto mal-e-mal cabe a cama de casal, sobrando uns 30cm do lado, para passar. Tiramos o sofá da sala para colocar o colchão inflável (o sofá foi repousar na casa de outra vizinha). E dormirmos os 3, de atravessado, no colchão inflável. Eu, para não precisar me encolher todo, estiquei meus pés para dentro da raque da TV.
O teto é baixo, a ponto de nós termos que sempre andar curvados aqui dentro. O chuveiro bate no meu queixo, necessitando que o banho seja tomado de joelhos flexionados.
Mas tudo isso não nos entristece. Um dos objetivos da viagem era abrir mão do conforto, e estamos conseguindo. De modo que consolidemos a crença de que é possível, sim, viver de modo mais simples, sem tantas futilidades.
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