Último dia de estrada antes de Natal.
Sendo assim, acordamos às 4h30. Como sempre, vem aquela preguiça para levantar. Mas o Dani tava empolgadão e tentava convidar-nos a levantar também. O problema é que ele tava em 220v e o Tonho e eu em 110v.
Um tempinho depois, restabelecemos nosso contato com o mundo real e levantamos. Desmontamos a barraca, esvaziamos o colchão, arrumamos as "tralhas" e zarpamos às 5h10.
Como aqui no Nordeste não tem horário de verão, às 5h10 o dia já estava clareando. E às 6h já víamos o povo indo trabalhar nos canaviais.
Tivemos a não-sorte de pegar vários trechos em obras, de duplicação da BR-101. Por isso, muitas vezes o percurso não rendia, especialmente de manhã.
Paramos numa cidadezinha para comprar pão, presunto e queijo pro café-da-manhã. Fomos a um mercadinho.
LILA: que tal comprarmos um iogurte, pra variar?
RODRIGO: pode ser
LILA (abrindo o congelador): que tal essa bandeja?
RODRIGO: não, não. O congelador é desligado de noite
LILA: como você sabe?
RODRIGO: pela água no fundo
(tinha uns 5cm de água no fundo do congelador. Os iogurtes tavam até meio moles. Arghh)
Fomos para outro mercadinho, onde as coisas estavam mais encaráveis.
Vamo por Recife e Olinda?
A Lila sugeriu que, ao invés de passarmos por fora de Recife, seguindo pela 101, entrássemos na cidade, para conhecer, podendo passar também por Olinda e um pouquinho pelo litoral.
À primeira vista, foi uma péssima escolha: tava um furundunço. O trânsito tava caótico. O engarrafamento fazia a gente não conseguir avançar.
Quase estávamos arrependidos de ter entrado em Recife quando chegamos ao centro da cidade, mais especificamente na área onde tinham várias construções históricas. Muito show. Muitas deviam ter mais de 100 anos.
Também passamos pelo porto, onde havia um grande navio atracado. Para nós, que moramos a 700km do mar, isso é novidade. E principalmente pra Iva, que nunca tinha visto o mar.
Recife, a cidade das Kombis
Cara, Recife é a cidade das Kombis. Na região metropolitana, em pouco mais de uma hora que passamos por aí, contamos 270 kombis que vimos pelo caminho. DUZENTOS E SETENTA!! E não estavam todas num pátio só. Era 1 aqui, 2 ali, 4 acolá...
Quase que encontramos outra Kombi pra namorar com a Kombatente e fazer townerzinha... kkkk
Mais pejoteiros no Fórum Social Mundial
Acessando o Orkut num posto de gasolina, tivemos uma notícia muito agradável: 3 jovens da PJ da nossa diocese vão pro Fórum Social Mundial com o CIMI, e ficarão conosco no Acampamento da Juventude: o Xarope (seminarista), Daiane e Solange.
Chegada calorosa em Natal
Chegando em Natal, várias alegrias.
A primeira é o fato de ter chegado. 4800km depois, apesar das 3 estragadas da Kombatente, chegamos. Muitos achavam que não chegaríamos, mas cá estamos. É uma sensação muito boa!!
A segunda alegria foi um ônibus que avistamos na rodovia, entrando em Natal. Era um circular. O Tonho viu que alguém segurava uma bandeira vermelha na janela. Primeiro ele pensou que era do PMDB, mas depois ele viu que era da PJ!! Seguramos um pouco e o busão passou. Era a galera que tava no encontro, voltado da missão. Ônibus cheio de pejoteiros!! Todo mundo foi pra janela quando passou pela gente, gritando de alegria. Cara, foi muito bom essa acolhida inicial. A Lila ficou toda arrepiada de emoção.
Fomos, então, acompanhando o busão, pra saber o caminho.
Depois ficamos sabendo que, dentro do busão, alguém viu a gente e falou: "olha a Kombi do pessoal de Santa Catarina!!". Todo mundo foi pra janela, e já colocaram a bandeira pra fora. Pediram pro motora tentar alcançar-nos, mas tinha uma cegonha na frente impedindo. Até que conseguiram.
Chegando na frente do colégio Marista, estacionamos no acostamento e todos vieram rodear a Kombi (o povo do busão e o povo que tava já no colégio). Vieram cantando boas-vindas e chacoalharam tudo a Kombi. Foi uma grande alegria!!
Estávamos famosos
Ficamos famosos no Encontro. Todo mundo pedia: "vocês são o pessoal da Kombi? Que bom que chegaram, estávamos esperando...". Depois ficamos sabendo que, hoje de manhã, na missa, falaram da gente, trazendo presente a nossa viagem e fizeram preces de que chegássemos bem.
Tem até um guri de Rio de Janeiro, o Foguinho (que nem conhecíamos), que nos contou que tava ansioso e preocupado. Cara pouco pedia pra Raquel se tinha novidades da gente. Quando a Kombi quebrou pela 3ª vez, chegou a cogitar mandar algum dinheiro pra ajudar a gente. Querido :D
Isso também facilitou pra gente fazer novas amizades. Quando a gente vai conhecer alguém, assim que vêem que a gente é de Santa Catarina, já falam: "ah, vocês são o povo da Kombi?". E daí fica fácil da gente continuar a conversa.
Uma guria chegou a falar que éramos "a sensação do encontro". Daí não gostei tanto. Obviamente a gente ficou felicíssimo (ou, como diríamos na nossa terra: "louco de facêro") com toda essa acolhida, todo esse carinho, com todos se preocupando com a gente. Mas não é legal exagerar, porque o foco deve ser o Encontro Nacional da PJ, e não os 5 jovens que vieram de Kombi.
Por falar em Encontro Nacional, é ótimo estar aqui. Quatrocentos e poucos pejoteiros de todos os cantos do Brasil! Uma grande e maravilhosa diversidade de culturas, sotaques, jeitos de atuar na PJ... Uma experiência muito rica.
Kara
ResponderExcluirconfesso q meus olhos enxeram d lagrimas qd li essa postagem!
Jah ouvi algu parecido acontecer em minha paróquia qd um grupo de jovens daki de Bonito-MS fazia uma parada na rua em meio a turistas e passou um carro e uma menina colocou a cabeça pra fora e gritou: PeeeJoootaaaaaa....
Infelismente naum pude vivenciar nenhum dos dois momentos mas soh de ler fiko emocionado com essa PJ que eh a mesma em todo o Brasil e AL...
PJ aki Pj lah ... PJ em qualquer lugar...
Walkes Vargas
uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
ResponderExcluirchegarammmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
parabéns, que continue tudo dando certo assim, mesmo q as vezes aos trancos e barrancos!
tudo de ótimo pra vocês, muita muita energia, aproveitem e aí e aguardamos vcês de volta!
beijosss
Carla e Ramon
Ah e ameeeeeeeeeeei a foto de Natal
ResponderExcluirachei fantástico!!!!!!!!!!!