Acordamos ali pelas 7, com o Sol já alto, esquentando nossas barracas.
Ouvia-se, da Aldeia da Paz, o som de um violão e um jovem cantando algo contra a guerra. Bem bacana.
Tomamos banho e tomamos café, sentados num tapete no chão. Parecia pique-nique =D
O calor começou a ficar feroz. Para melhorar, mosquitos e formigas. Passamos bloqueador solar e repelente.
Para fugir do Sol, fomos até uma sombra planejar o dia (o que precisávamos fazer e comprar antes que o FSM comece).
Enquanto isso, observávamos o povo da Aldeia da Paz reunidos em roda. Cantaram músicas de paz, fizeram alguns rituais e finalizaram com as mãos erguidas, parecendo louvação carismática. Não dá pra julgar sem conhecer, mas mesmo assim vou emitir uma opinião parcial, a partir do que vi: acho o pacifismo bem legal, mas parece que este é um pacifismo vazio, pregando a paz pela paz. Não tem como a gente pensar em paz se não houver mudanças na sociedade. Como dizer pra alguém que está passando fome e não tem emprego ficar em paz? Como pensar em combater as guerras sem observar os aspectos econômicos ligados a isso?
MUDANÇA DE LOCAL
Conforme avançava a manhã, o calor ficava insuportável. Decidimos buscar um lugar com sombra para colocarmos nossas barracas.
Achamos um lugar embaixo de umas árvores. Buscamos, em 2 viagens, nossas barracas montadas. Recém-chegamos ao novo local, ainda observávamos as formigas que insistiam em nos picar, quando um homem veio dizer que não poderíamos ficar lá, pois era reservado para uma organização específica, para atividades.
Nos mudamos para um local logo abaixo, perto de um prédio.
No fim da manhã, chegaram ao credenciamento os jovens da PJ da Diocese de Chapecó que vieram com o CIMI (comitê indigenista): a Daia, a Solange e o Xarope. A Solange passou um pouco mal (desidratação) e foi para a barraquinha dos bombeiros. Nada grave. Só ficou um pouco no soro.
IDA PARA A CIDADE
Nos dividimos: o Dani, a Daia e a Solange ficaram no acampamento, e os demais fomos pro centro, buscar as coisas deles (que ficaram no CIMI) e deixar a Kombi na paróquia.
Almoçamos no Ver-o-peso (o Xarope e eu comemos açaí com peixe frito, os demais comida normal).
Depois, fomos comprar algumas coisas no mercado, e em seguida nos dirigimos ao CIMI.
O congestionamento estava infernal! Em virtude da caminhada de abertura do FSM (que acabamos perdendo), o trânsito estava praticamente parado. Demoramos 3h30 para ir até o CIMI e voltar ao Acampamento (o que levaria uns 30 minutos em dias normais). Dessa forma, chegamos aqui perto das 20h, e não deu pra levar a Kombi na paróquia.
Acabamos decidindo deixar a Kombi aqui mesmo. Conseguimos deixar ela em um lugar bacana, acho que será seguro.
JANTA E SONO
Agora à noite, as moças fizeram macarrão (depois de quase um mês de viagem, não tem muito luxo alimentar. Qualquer coisa que não se mexe e não está crua é bem vinda). Mas até que não estava ruim =D (não posso falar mal porque a Lila tá aqui do lado... huahhaa).
Tomamos banho e o povo ficou arrumando as coisas enquanto eu vim pro corredor, perto de uma tomada, atualizar o blog (povo que nos acompanha, viu como são importantes para nós? Veja só o sacrifício que fazemos por vocês... :D).
Os jovens menos cansados de nós vão para um show multi-cultural que terá por aqui. Os demais (como eu, menos resistentes), vão dormir pra estar inteiros amanhã.
FRASE DO DIA
No caminho do acampamento, havia várias camisetas sendo vendidas na beira da estrada. Chamou atenção a frase de uma: "O lema do capitalismo é: comprar o que você não precisa, com o dinheiro que você não tem, para mostrar para quem você não conhece o que você não é".
Eita capitalismo, né? rsrsrsrsrs
ResponderExcluirMas bem que eu gosto de onde o meu carrinho me leva! rs
beijosssssssss
olah Kombatentes
ResponderExcluirRodrigo, Liege, Daniel, Iva e Antonio
aquele abraçooo enorme para todos vcs
ah.. as formigas estão incomodando, neh...
já pensaram em fazer churrasco de formiga?
fica ae a dica heheheh