"É triste a dor do parto, mas temos que partir". Chegou o dia de novamente "ensacarmos a viola" e pegarmos estrada.
Como tínhamos que estar em Fortaleza antes do escurecer, levantamos às 5 e pouco, para sair às 6.
Como de praxe, demoramos um pouco mais para arrumar as malas. e, quando estava quase tudo pronto, o povo da alimentação veio pra fazer o café. Então resolvemos esperar e já sair "comidos", pra não precisar comprar comida pelo caminho.
CARINHO DO POVO PARANAENSE
Muitos já foram embora de Natal ontem. Outros, ainda dormiam. Dos que estavam tomando café na mesma hora que a gente, boa parte era do Paraná, nossos companheiros desde Maringá, "kombatentes à distância". E partiu deles uma despedida bacana: tocaram uma música pra nós. Eu não conhecia nem lembro da letra, mas era muito bonita.
RUMO A FORTALEZA!!
Saímos às 7h30. Quase acertamos de primeira o caminho pra sair de Natal (só precisamos parar uma vez no caminho pra pedir).
É bom estar novamente na estrada! Estar de volta ao lar: nossa Kombatente.
Um pouco mais, e tudo volta ao normal: nos primeiros 20 minutos de viagem, o povo já quase dormindo, a Lila controlando a velocidade da Kombi ("devagar, motora!"), a gente não deixando a Iva fazer as coisas... Mais 20 minutos e os 3 de trás escorados, dormindo, e o rádio tocando um CD de sertanejo universitário.
QUENTE, MUITO QUENTE
Na vinda até Natal, tivemos sorte de encontramos muitos dias nublados.
Hoje não tivemos a mesma sorte, e o Sol mostrou toda a sua força. Cara, passamos muito calor. Na cabine tudo bem, pois as janelas trazem vento que refresca. Mas na classe econômica não tem janelas, e quase não chega vento da frente. O resultado já dá pra imaginar...
Quando a gente vai dormir atrás, acorda todo suado. O Dani normalmente opta por viajar sem camisa, mostrando todo seu aparato muscular :D
MOSSORÓ
Ao meio-dia estávamos em Mossoró (RN). Não encontramos mais nenhum mercado aberto pra comprar comida. Então paramos num posto, abastecemos e compramos umas bolachinhas doces e salgadas. Para beber, compramos um litrão de refri de caju, que não conhecíamos. É bonzinho. Tem gosto de caju.
Em Mossoró, assim como na maioria dos lugares por aqui, tem que procurar bem para encontrar um motoqueiro de capacete. Cara, não entendo como a polícia permite uma coisa dessas, algo tão importante para a vida do povo que anda em 2 rodas.
Pra variar, andando pelas ruas daqui, entramos numa contra-mão. Como sempre, não foi culpa nossa, mas da má-sinalização e do trânsito confuso (mão única, por ex.). Huahahah
KOMBINANDO KONVERSAS - RELACIONAMENTOS AMOROSOS
Numa de nossas paradas de 150km, paramos para tomar umas cervejas e água-de-côco (pro motora). E aproveitamos para conversar sobre relacionamentos amorosos. Cada um partilhou suas experiências (que, de modo geral, não foram muitas), com quantos cada um ficou... É bem bacana isso: a gente poder conversar sobre isso, partilhar nossas vidas, se ajudar. Quanto mais viajamos juntos, mais nossa amizade se fortalece.
Chegamos em Fortaleza mais cedo que o previsto (considerando que saímos atrasados). Eram mais ou menos 17h quando estávamos próximos, e resolvemos passar por uma praia de lá. Olhamos no mapa alguma mais próxima, e pegamos a entrada que levava para lá.
Infeliz escolha... Tinha um congestionamento meio grandinho e, quando chegamos na praia, tava quase escuro. As fotos quase não apareceram. Mas foi bom, a paisagem de larga faixa de areia branca com coqueiros é show de bola.
Aproveitamos e apostamos uma breve corrida entre os rapazes, até um quiosque e volta. Eu saí na frente, favorecido pelo fato dos colegas estarem na areia mais fofa. Mas perdi na resistência, e o Dani me passou na volta. Atleta que sou, demorei até conseguir recuperar o fôlego depois dos "100 metros arenosos".
Voltando à rodovia, vimos que nosso "pulinho" até a praia demorou 1h30. Mas que nada, são experiências que vamos acumulando.
POUSO EM FORTALEZA
Ainda no ENPJ, o Lucas, de Fortaleza, fez um mapa bem explicadinho sobre como chegar na comunidade dele. Mas não sei porque entramos em Fortaleza por outro caminho, passamos pelo centro e, depois de muitas voltas (e de uns 20km), encontramos a comunidade. Como sempre, alguns transtornos até chegar: tivemos que pegar um retorno, pegamos um trevo para pegar outro retorno, entramos de volta na rodovia ao invés de retornar... Mas que nada, no fim das contas chegamos.
Na comunidade, fomos acolhidos na casa dum guri da PJ, o Marcones (Teté). Também teve outros jovens que estiveram um pouco com a gente, em especial o Jairo e o Lucas, que foram comer pizza conosco.
Na casa do Teté, ficamos num quarto aos fundos. Ele e sua mãe, Zuzú, foram bem atenciosos conosco.
Pena que estava muito quente. Tivemos que dormir com 2 ventiladores.
O chuveiro era frio. Normal. O último chuveiro elétrico que encontramos foi em Brasília. É que por aqui não é necessário. Frio é uma palavra que praticamente não está no vocabulário daqui.
PÉROLAS
Lila: "com 16 anos, eu já tinha a mentalidade e atitudes que tenho hoje, com 21 anos"
Iva: "eu nem tinha atitude com 16 anos..."
Compramos refrigerante de caju para experimentar.
Tonho: "Meu estômago não é adaptado para beber isso. Tenho medo que faça mal."
Rodrigo: "Não tem problema, Tonho, nossos estômagos são total flex"
Saudações kombatentes!!! me sinto muito importante em fazer parte mesmo q por um pouquinho desse grande projeto espero que estejam todos bem e felizes, que Deus abençoe a todos.
ResponderExcluirJairo de fortaleza-ce
Olha aí! Depois de tanto tempo, tentando dar uma olhada em algumas coisas do 10º ENPJ, pois por motivo de trabalhos não poderei ir, é que encontro um pedacinho de nossas vidas em suas vidas, vou ficar lendo essas experiências e relembrar os momentos felizes que passamos juntos!
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